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FIDALGA 727

Informations

FIDALGA 727

Incorporação Residencial / Real Estate / Logements

programa

Idea!Zarvos

cliente

coordenador

Luiz Trindade

arquiteto

chefe de projeto

TRIPTYQUE

Bruno Simões

área 

2 800m²

paisagismo

André Paollielo

localidade

creditos

ano

Download

São Paulo / SP / Brazil

Fran Parente / Pedro Kok

2007 - 2010

O projeto Fidalga 727 se trata de um edifício residencial na cidade de São Paulo encomendado pela incorporadora IdeaZarvos, que em parceria com as empresas Axpe E CP3 formam o Movimento Um, responsável pela realização da obra.


O edifício está localizado na rua Fidalga nº727, na Vila Madalena, SP e fica num dos pontos mais altos do bairro, garantindo uma vista impressionante da cidade desde o 1º pavimento. Ao todo são 8 pavimentos e 11 unidades divididas em 4 tipologias:

-Apartamento casa: unidade duplex localizada no térreo que dispõe de amplo jardim privativo.

-Apartamento simples: unidades de 1 pavimento que vão de 80 a 115m², todas com varanda.

-Apartamento Loft: unidades duplex com mezanino e estar com pé-direito duplo.

-Coberturas: unidades duplex que dispõe de toda a laje de cobertura do edifício como área de lazer descoberta.


Cada unidade tem de 2 a 3 vagas de garagem mais um depósito privativo distribuidos em 2 níveis de subsolo.


Conceitualmente o projeto surgiu como uma interpretação de duas condicionantes que marcam a paisagem urbana de São Paulo de maneira independente e simultânea: de um lado o modelo racionalista que marca as construções verticais e de outro os espaços residuais entre essas construções que são ocupados de maneira informal e aleatória. Dessa discussão surge a proposta, que se caracteriza pela especulação de escalas e gabaritos para retratar esse ambiente descontínuo, caótico, avistado a partir do próprio terreno.

Seguindo essa linha de fragmentação o edifício se desenvolve em três torres, ao contrário do modelo de habitação tradicional, sendo as duas torres periféricas de moradia e uma central responsável por toda a parte de circulação e infraestrutura predial, conectada às demais por passarelas abertas. Esse modelo de divisão do edifício acaba gerando benefícios únicos à esse sistema, garantindo acessos individualizados para cada unidade e sensações diferenciadas por meio de vistas inesperadas da cidade ao redor.


Além dessa liberdade de circulação, as plantas de cada apartamento também respeitam esse princípio, sendo todas completamente livres e garantindo vistas de 360°. Isso só é possível pela existência de um sistema externo de rede hidráulica e elétrica, conectado ao shaft da torre central. Além de um sistema periférico de distribuição dos pilares. Seguindo com esse caráter não-modular as janelas também são variadas. Cada unidade escolhe livremente onde posicionar suas aberturas, algumas delas emolduradas por abas de concreto aparente.


Todos esses fatores fazem o edifício dialogar com o espaço urbano ao redor, interação essa que é reforçada por um recúo frontal de 10m usado para a criação de uma pequena praça aberta aos pedestres e que garante também novos ângulos ao edifício. Essa praça é prolongada para dentro do edifício por meio de paredes vegetais que recobrem toda a torre de circulação e criam uma espécie de jardim pra cada unidade.

Do ponto de vista estrutural o grande desafio são os pilares em “X” de concreto na entrada, que criam um balanço considerável na primeira torre e permitem a criação de um espaço comum impactante. Esses pilares correspondem também ao elemento plástico de maior destaque do edifício, cujo sistema estrutural restante se desenvolve sempre em concreto e pelas extremidades das torres. A rigidez do conjunto é garantida pelas vigas que passam pelas passarelas e “amarram” as três torres.


Quanto aos sistemas hidráulicos e elétricos toda a tubulação de abastecimento chega às unidades por baixo das passarelas e os resíduos são eliminados por tubulações aparentes em pontos pré-determinados nas fachadas.


A respeito dos materiais empregados a fachada é revestida principalmente com pequenas partículas de quartzo preto que remetem justamente ao alsfalto das ruas e na entrada do edifício o piso é todo em pedra portuguesa, material comum às calçadas paulistanas. Já os forros dos espaços públicos por sua vez são feitos com toras de eucalipto tratado de 6cm de diâmetro.

Do ponto de vista do conforto todas as unidades são bastante ventiladas e ricas em insolação, apresentando uma riqueza de variações que se assemelha a de uma casa, uma vez que todas as unidades possuem orientação de 360°.

French Pavilion Venice Bienal 2010
Finalist AFEX Award 2010
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